Nota aos visitantes
MISSÕES BRASILEIRAS EM ANGOLA
Chegou a hora do Brasil! Temos um povo evangélico numeroso, que cada dia se desperta e se interessa mais por missões. Surgiram missões que treinam e enviam. Muitas Igrejas locais, enviam. Há um número sem fim de encontros e congressos missionários. E não ficou na teoria. Apesar da crise econômica, há um número crescente de missionários brasileiros para muitos campos. Um dos campos, muito natural, é aquele dos países de expressão portuguesa da África. Destes, a Angola parece ter um acesso mais fácil. Há um número crescente de angolanos que têm visitado o Brasil. Os contatos surgem e têm produzido frutos. Se, em março de 1984, quando cheguei a Angola pela primeira vez , havia apenas 5 missionários brasileiros ( e, dentre estes, três eram fazedores de tendas), hoje, apesar das dificuldades econômicas no Brasil, já somos vinte e três missionários (e, dentre eles , só um é fazedor de tendas). No mesmo período, houve um crescimento muito baixo do número de missionários de origem européia e norte – americana .
Mas, nem tudo são louvores. Temos sido analisados pelos irmãos angolanos, e muitas vezes aplica-se a nós o juízo de Deus expresso em Daniel 5.27: “pesado foste na balança e achado em falta’’. Os erros e os fracassos não devem nos desanimar. Somos aprendizes. Mas precisamos refletir e buscar aprender as lições que Deus tem para nós nessa hora, para que possamos servir melhor no futuro, e para evitar ao máximo a amargura dos missionários fracassados.
Algumas informações em relação ao campo
A história do país e da obra missionária. Angola é um país com uma história triste. No fim do século XV, os portugueses foram muito bem recebidos pelo rei do Congo (norte de Angola, sul do Zaire, e Congo). O rei abriu seu país ao intercâmbio econômico, e à instrução religiosa. Mais, muito cedo, os próprios missionários começaram a se engajar no tráfico de escravos.
Inicia-se, assim, uma longa e triste história de exploração da terra e do homem angolano. Até o ano de 1950 ainda era praticada a escravidão, com outros nomes (trabalhadores de contrato) para disfarçar. Em 1961, iniciou-se a luta pela libertação. Como muitos dos rebeldes provinham de famílias de pastores ou catequistas evangélicos, os portugueses começaram a matar os crentes com brutalidade, fechar muitas Igrejas, queimar Bíblias e levar pastores a campos de concentração.